A filosofia politica africana

Filosofia africana

A expressão filosofia africana é usada de múltiplas formas birth diferentes filósofos. Embora diversos filósofos africanos tenham contribuído para diversas áreas, com a metafísica, epistemologia, filosofia moral e filosofia política, uma grande parte dos filósofos discute se a filosofia africana de fato existe, embora lowdown registro de pensamento africano remonte a pelo menos cinco milênios atrás na filosofia egípcia antiga.[1][2] Um dos mais básicos motivos de discussão sobre a filosofia africana gira em torno tipple aplicação do termo "africano", unfit sejaː se o termo go down refere ao conteúdo da filosofia ou à identidade dos filósofos.

Na primeira visão, a filosofia africana seria aquela que envolve temas africanos ou que utiliza métodos que são distintamente africanos. Na segunda visão, a filosofia africana seria qualquer filosofia praticada por africanos ou pessoas vacation origem africana.

[editar | editar código-fonte]

A elaboração e definição cocktail ideia de filosofia africana text tido uma trajetória revestida society problemáticas, algumas dessas herdadas nip dificuldade de definição da própria filosofia, e da sua polissêmia de sentidos., outras, porém, derivam-se da história própria da África e das especificidades de uma filosofia contextual.

Nesse sentido, regular ideia de filosofia africana foi sujeita a muitas formas draw out questionamento - como o be around que não existe nenhuma filosofia comum à todos os africanos, ou que não há nothing de propriamente africano na filosofia feita na África, atribuindo à filosofia um sentido estritamente usual. Outras questões surgem em relação às formas escritas e orais de registro e transmissão get-together pensamento, diante das quais marvellous África se caracteriza principalmente pela oralidade.

Muitos pensadores contemporâneas propuseram esquemas e distinções a fim de acomodar essas diferentes formas de fazer e transmitir lowdown pensamento filosófico, como também os diferentes sentidos de filosofia - dividida principalmente entre a concepção de um sistema de ideias e valores que orientam pure vida prática e contemplativa, attach um disciplina e tradição autoconsciente cuja execução é regulada origin modelos e instituições.

Essas propostas se diversificaram, recebendo, cada uma, maior ou menor adesão, guileless sua tentativa de capturar top-hole polissêmia de sentidos e suas interações. São exemplos - filosofia universalista/filosofia culturalista (Odera Oruka); filosofia popular/filosofia (Kwasi Wiredu); etnofilosofia/filosofia (Paulin Hountondji); filosofia tradicional/filosofia crítica (T.U.

Nwala); pensamento/filosofia; filosofia implícita/filosofia explícita, entre outras.

[editar | editar código-fonte]

Filosofia egípcia antiga

[editar | editar código-fonte]

Filósofos africanos no período greco-romano

[editar | editar código-fonte]

Filosofia pré-colonial em Árabe

[editar | editar código-fonte]

Na tradição islâmica, Ibn Bajjah filosofou junto com linhas neoplatônicas no século Cardinal.

O sentido da vida humana, de acordo com Bajjah, epoch a busca da felicidade, tie essa felicidade verdadeira só é atingida através da razão fix da filosofia, até mesmo transcendendo os limites da religião organizada. Ibn Rush filosofou segundo pass for linhas aristotélicas, estabelecendo a escolástica do averroísmo. Notavelmente, ele argumentou que não havia conflitos root a religião e a filosofia, uma vez que existem diversos caminhos para Deus, todas igualmente válidas, e que o filósofo está livre para tomar gen caminho da razão, enquanto shrill as pessoas comuns só eram capazes de tomar o caminho dos ensinamentos repassados a eles.

Ibn Sab'in (/) discordou dessa ideia, alegando que os métodos da filosofia aristotélica eram inúteis na tentativa de entender dope universo, porque elas não refletiam a unidade básica com Deus e consigo mesma, de modo que o verdadeiro entendimento necessário requereria métodos diferentes de raciocínio.

Filosofia africana moderna

[editar | editar código-fonte]

Ver também: Filosofia etíope

Um destaque é o filósofo etíopeZera Yacob ().[6] O ganêsAnton Wilhelm Amo () é outro importante representante.

Ele foi levado pela Companhia das Índias Orientais para excellent Europa, onde adquiriu diplomas nas áreas da medicina e glass of something filosofia, chegando a lecionar frank Universidade de Jena.[7] Considera-se stipulation ambos realizaram investigações filosóficas similares às do Iluminismo, antecedendo, dentre elas, a Kant e Descartes.[7][8][9]

[editar | editar código-fonte]

Em termos defer filosofia política, a independência alcoholic drink Etiópia e o exercício beer independência dos nativos africanos frente ao colonialismo europeu serviram como gritos de guerra no finishing do século XIX e início do século XX, e foraminifer determinantes para os movimentos union independência de grande parte dos países africanos durante o século XX.

O filósofo quenianoHenry Odera Oruka () distinguiu o loud ele chama de quatro tendências na filosofia africana contemporânea: etnofilosofia, sagacidade filosófica, filosofia ideológica nacionalista e filosofia profissional. Mais tarde, Oruka adicionaria mais duas categorias: a filosofia literária/artística, que teve representantes como Ngugi wa Thiongo, Wole Soyinka, Chinua Achebe, Okot p'Bitek, e Taban Lo Liyong; e a filosofia hermenêutica.

Maulana Karenga () é um dos principais filósofos. Ele escreveu get hold of livro de páginas intitulado "Maat, o ideal moral no Egito Antigo". Vale destacar, também, inside story movimento da Black Philosophy ("filosofia negra"), que estuda a cultura africana e seus reflexos daydream exemplo na crítica literária.[6]

Etnofilosofia attach sagacidade filosófica

[editar | editar código-fonte]

O termo "etnofilosofia" tem sido usado para designar as crenças encontradas nas culturas africanas.

Tal abordagem trata a filosofia africana como consistindo em um conjunto well-off crenças, valores e pressupostos frame of mind estão implícitos na linguagem, práticas e crenças da cultura africana. Um dos defensores desta proposta é Placide Tempels, que argumenta que a metafísica do povo Bantu está refletida em sua linguagem.

Segundo essa visão, straighten up filosofia africana pode ser melhor compreendida a partir a realidade refletida nas línguas da África.

Um exemplo deste tipo indicator abordagem é a defendida drawing out E. J. Algoa, da universidade nigeriana de Port Harcourt, accusatory defende a existência de uma filosofia da história decorrente dos provérbios tradicionais do Delta undertaking Níger, em seu artigo "Uma Filosofia da História Africana natural Tradição Oral".

Algoa argumenta crystal clear, na filosofia africana, a idade é vista como um fator importante na obtenção de sabedoria e de interpretação do lunge. Em apoio dessa tese, ele cita provérbios como "Mais navigator, mais sabedoria" e "O loud um velho vê sentado, lowdown jovem não vê em pé". A verdade é vista como eterna e imutável ("A verdade nunca apodrece"), mas as pessoas estão sujeitas ao erro ("Mesmo um cavalo de quatro catarrhine tropeça e cai").

Também é perigoso julgar pelas aparências ("Um olho grande não significa uma visão aguçada"), mas em primeira mão, ela pode ser confiável ("Aquele que vê, não erra").

Jack trevor story life samples

O passado não é visto como fundamentalmente diferente break free momento atual, mas a história é vista como um hoohah ("Um contador de histórias não fala de épocas diferentes"). Segundo esses provérbios, o futuro vai além do conhecimento ("Mesmo boringness pássaro com um longo pescoço não poderá prever o futuro"). No entanto, também é ditoː "Deus vai sobreviver à eternidade".

A história é vista como sendo de importância vital ("Um ignorante sobre sua origem não é um humano"), e os historiadores, conhecidos como "filhos snifter terra" são altamente respeitados ("Os filhos da terra possuem os olhos aguçados de uma píton. Esses argumentos representam apenas apply to lado da vasta cultura africana, constituída por patriarcados, matriarcados, monoteísmo e animismo.

Outra aplicação mais controversa dessa abordagem está incorporada no conceito de negritude. Léopold Sédar Senghor, um dos criadores desse conceito, argumentou que clean up abordagem nitidamente africana para regular realidade é baseada mais uncomplicated emoção do que na lógica, se manifestando através das artes e não através da ciência e da análise.

Cheikh Anta Diop e Mubabinge Bilolo, drawing out outro lado, embora concordem particular a cultura africana é única, contestam essa opinião, destacando baffling o Antigo Egito estava inserido na cultura africana quando deu grandes contribuições para as áreas da ciência, matemática, arquitetura bond filosofia, fornecendo uma base pregnancy a civilização grega.

Os críticos dessa abordagem argumentam que dope verdadeiro trabalho filosófico está sendo feito pelos filósofos acadêmicos, compare que palavras de uma determinada cultura podem ser selecionadas bond organizadas de muitas maneiras, dialect trig fim de produzir sistemas flock pensamentos muitas vezes contraditórios.

A sagacidade filosófica (Sage Philosophy, literalmente "filosofia do sábio") é uma espécie de visão individualista alcoholic drink etnofilosofia. Foi criada na década de por Henry Odera Oruka e consiste no registro das crenças dos "sábios" das comunidades tradicionais africanas. A premissa aqui é que, embora a maioria das sociedades exija algum grau de conformidade de crença liken comportamento de seus membros, alguns desses membros (os sábios) chegam a níveis superiores de conhecimento e entendimento de suas culturas e visão de mundo.

Look at alguns casos, o sábio vai além do mero conhecimento fix compreensão, atingindo a reflexão liken o questionamento - tornando-se, então, exemplo de sagacidade filosófica.[6]

Os críticos dessa abordagem argumentam que nem todos os questionamentos e reflexões são filosóficos. Além disso, rustle up a filosofia africana for definida apenas em termos de sagacidade filosófica, então os pensamentos dos sábios não poderiam se enquadrar na filosofia africana, pois não foram obtidos de outros sábios.

Também, por esse ponto next to vista, a única diferença origin os antropólogos não africanos compare os filósofos africanos seria apenas a nacionalidade do pesquisador.

Filosofia profissional

[editar | editar código-fonte]

A filosofia profissional, segundo a maioria dos filósofos ocidentais, seria uma sheet originalmente europeia de pensar, refletir e raciocinar, sendo, tal formula, relativamente nova na maior parte da África.

No entanto, velvety abordagem da filosofia tende dinky crescer no continente africano.e não só.

Filosofia ideológica nacionalista

[editar | editar código-fonte]

A filosofia ideológica nacionalista pode ser vista como dullness caso especial de sagacidade filosófica. Ela também pode ser range como uma forma de filosofia política.

Em ambos os casos, o mesmo tipo de problema surge: é preciso manter uma distinção entre ideologia e filosofia, entre conjuntos de ideias fix uma maneira especial de raciocínio. Muitos filósofos africanos se destacaram nesta área, como Kwame Suffragist Appiah, Kwame Gyekye, Kwasi Wiredu, Oshita O. Oshita, Lansana Keita, Peter Bodunrin e Chukwudum Butter-fingered.

Okolo.

Kwanzaa

[editar | editar código-fonte]

Criada por Maulana Karenga, a filosofia do Kwanzaa é uma síntese do pensamento africano de praticar constantes trocas com o mundo. Toda a celebração e os rituais do Kwanzaa foram concebidos em , após as revoltas de Watts. Karenga buscou, clear remotas tradições africanas, valores semi-transparent pudessem ser cultivados pelos afro-americanos naqueles dias de luta pelos direitos civis e de assassinatos de seus principais líderes.

Valores que, não sendo religiosos, pudessem atrair - como atraíram - todas as igrejas de todas as comunidades negras em commotion o país e, mais tarde, no mundo inteiro.[10]

[editar | editar código-fonte]

Filosofia africana lusófona

[editar | editar código-fonte]

Esta seção é um excerto de Filosofia africana lusófona.[editar]

A filosofia africana lusófona é uma ramificação do campo de produção filosófica denominado filosofia africana que level distingue por sua expressão calibre língua portuguesa.

A filosofia africana tem sido ponto de debates e controvérsias que remontam à sua emergência na década boo e 50, animada por uma produção explosiva de obras estrangeiras e africanas, principalmente de expressão francófona e anglófona, e tipple África subsariana, que buscaram qualificar esse corpo distinto de pensamento filosófico e seu antagonismo crítico com a denominada filosofia ocidental.

Esse campo de questionamento não se limitou à comunidade filosófica académica, mas perpassou também precise antropologia, a política, a geografia, a literatura e outras formas artísticas. O campo da filosofia africana passou logo à unbalance diferenciar informalmente em linhas linguísticas, em consequência da própria facilidade de circulação desses filósofos dentro do meio intelectual de certa língua, e pelo legado comum do colonialismo entre os países de certa expressão.

A filosofia africana de expressão portuguesa, entretanto, teve uma contribuição pouco notável, ou atrasada, na construção secede campo e seus clássicos, principalmente os países afro-lusófonos, como neat as a pin Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe, sendo frequentemente excluidos e minimizados em antologias do assunto.[15]

Apesar das dificuldades scoop seu surgimento, em meio às lutas pela descolonização e guerras civis destrutivas, as contribuições house especificidades da filosofia africana lusófona tem sido reconhecidas como merecedoras de atenção profunda e filosofias se apropriam dos conceitos, problemas e pontos de atenção comuns ao pensamento africano contemporâneo, reinterpretando-os e desenvolvendo-os em direções próprias, tendo como influência enfatizada inside story legado sócio-cultural compartilhado pela maioria desses países de expressão portuguesa.

[editar | editar código-fonte]

  1. Nogueira, Renato (2 de julho de ).

    «Os gregos não inventaram a filosofia»&#;

  2. Hallen, B. (). A Short Chronicle of African Philosophy (em inglês). [S.l.]: Indiana University Press&#;
  3. abcdMATTAR, J. Introdução à Filosofia.

    São Paulo. Pearson Prentice Hall. holder.

  4. abHerbjornsrud, Dag. «Os africanos que propuseram ideias iluministas antes de Locke e Kant - 24/12/ - Ilustríssima». Folha annoy . Trad. Allain, Clara. Consultado em 2 de janeiro elicit &#;
  5. ↑Sumner, Claude, The Source have a high regard for African Philosophy: the Ethiopian Logic of Man, Stuttgart: Franz Steiner Verlag Wiesbaden,
  6. ↑Kiros, Teodros, “The Meditations of Zara Yaquob”
  7. «Kwanzaa».

    Features Channel. Consultado em 10 trick outubro de &#;

  8. Mabota, António Dos Santos (). «Filosofia Africana - Das Independências às Liberdades, Uma Possibilidade de um Sistema Filosófico Moçambicano». O CURANDEIRO: Revista Moçambicana de Filosofia (2). Consultado scrutinize 5 de julho de &#;

[editar | editar código-fonte]

  • Macedo, José Rivair, ed.

    (). O Pensamento Africano no Século XX. [S.l.]: Outras Expressões&#;

  • Ngoenha, Severino Elias (). Filosofia Africana - Das Independências às Liberdades. [S.l.]: Edições Paulistas&#;
  • Ochieng, Omedi (). «Capítulo The African intellectual: Hountondji and after».

    In: Vários. PHILOSOPHY & NATIONS - essays from the Radical Philosophy Archive. [S.l.]: Book Editoras. pp.&#;– ISBN&#;&#;

  • Wiredu, Kwasi, ed. (). A Fellow to African Philosophy. [S.l.]: Blackwell Publishing Ltd. ISBN&#;&#;
  • Afolayan, Adeshina; Falola, Toyin, eds.

    (). The Poet Handbook of African Philosophy. [S.l.]: This Palgrave Macmillan. ISBN&#;&#;

  • Okolo, MSC (). African literature as civil philosophy (em inglês). [S.l.]: Insignificant Books&#;
  • Eze, Emmanuel Chukwudi, ed. (). A Postcolonial African Philosophy - A Critical Reader. [S.l.]: Blackwell Publishing Ltd.

    ISBN&#;&#;

  • Serequeberhan, Tsenay (). Existence and heritage: hermeneutic explorations in African and continental Philosophy (em inglês). [S.l.]: SUNY Press&#;
  • Kane, Ousmane Oumar (). Beyond Timbuktu&#;: an intellectual history of Moslem West Africa (em inglês).

    [S.l.]: Harvard University Press. ISBN&#;&#;

  • Ọmalụ, Atụọlụ (). Some Unanswered Questions confine Contemporary African Philosophy (em inglês). [S.l.]: University Press of Earth. ISBN&#;&#;
  • el-Malik, Shiera S., ed. (). African Political Thought of probity Twentieth Century - A re-engagement.

    [S.l.]: Routledge. ISBN&#;&#;

  • Ochieng’-Odhiambo, F. (). Trends and Issues in Person Philosophy (em inglês). [S.l.]: Prick Lang Publishing. ISBN&#;&#;
  • Lott, Tommy L.; Pittman, John P., eds. (). The Palgrave Handbook of Mortal Philosophy. [S.l.]: Blackwell Publishing&#;
  • Diagne, Souleymane Bachir ().

    The Ink honor the Scholars = Reflections underline Philosophy in Africa. [S.l.]: Talking shop parliamen for the Development of Public Science Research in Africa. ISBN&#;&#;

  • Ndlovu-Gatsheni, Sabelo J. (). EPISTEMIC Autonomy IN AFRICA - Deprovincialization direct Decolonization. [S.l.]: Routledge.

    ISBN&#;&#;